domingo, 1 de março de 2009

Estrago que trago

Eu trago um cigarro de sol
eu trago um doce de conhaque
eu preparo um café com torradas sativas
eu sou do pais dos bauretes.

Eu trago uma luz que vem do fundo
eu trago um frio que não é do sul
eu trago um calor quente igual calor do Rio
eu trago o estrago que faço

O estrago que fiz eu apaguei
o estrago sumiu feito giz
o estrago sorrio pro certo
e o certo ficou estragado de tanta vaidade

Eu trago unhas afiadas
e língua que pensa
pés rápidos igual roda
olhos que vêem de muito longe

couraça de luz azul
escudo com capa preta
capacete de rocha
arma com resolução

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