terça-feira, 18 de setembro de 2012

A minha Barca

Eu não tenho um grande amor
eu não construí família
também não tenho renda fixa
e ando por ai como uma musica.
sim! uma musica do Raulzito que diz:
 é carregar gente nas costas
e ser carregado e sou  muito mais carregado
sou carregado não sei por que força maior
os amigos que gostam de mim ou um sopro
espiritual que vem sempre refrescar minha cabeça
e traz alivio para uma alma meio cansada meio desregrada
e muito afins de conhecer o invisível total.

Eu não tenho isso e nem aquilo
mas tenho uma gaita tatuada no braço
e presa na minha alma
Eu tenho uma gaita blues dentro do coração
e as vezes essa gaita grita esperneia
me chinga de derrotado e diz que eu sou
muito devagar
ela quer sair fora ela quer ser alma
e ela é alma.
mas aqui na terra, você tem que tocar
mas também tem que comer viver
se proteger da chuva
andar por ai...

Eu não tenho a mulher que amo
e sei que nunca terei
minha chance já foi embora no ultimo trem
só restando lembranças e sonhos futuros
mas os sonhos são todos gritados e chingados
em alto som pela Gaita

Essa alma que apareceu
eu já tinha quase 30
creio que eu era um homem desalmado
pois não sabia o caminho
não sabia o que fazer da vida
agora sei que mesmo na dureza e na desgraça
eu sei quem sou e sei também qual o meu caminho

Eu não tenho muita coisa que mereço
mereço mesmo
mas não desisto e vou andando no meu próprio tempo
no meu calvário delicioso
onde so quem toca um instrumento
sabe o que digo.
O homem fica um tempo curto na terra
e vai atrás de ser feliz
e as vezes a maior parte dos meus dias
eu acordo infeliz
mas abro um sorriso mesmo sendo mentiroso
mas é meu, e não tem ninguém comigo pra ver que estou sorrindo e mentindo
mas fico alegre porque lembro que sou musico
eu toco gaita escrevo e canto canto igual um pássaro que não nasceu pra isso
mas preciso fazer isso porque outro pássaro não fara por você, e se você nao fizer
corre o risco de nem no inferno ser aceito.
A gaita corre rio abaixo como se fosse uma barca
levando minha alma embora da dor que sinto.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Danjanela vejo ela-

Saudade não existe
Palavra morta dentro do peito
a foto que vejo
denuncia o que trago no peito
simplesmente saudades
da menina que mora na foto
que tem um gatinho cinza com fucinho preto
cabelos caídos em cima do gatinho
anel no dedo da mão direita
blusa meio cor de vinho
e o vinho que nunca bebemos juntos
acho que vai ficar escondido na taberna do nunca
de tudo que nunca nasceu pra ficar junto-
as vezes persigo ela enquanto durmo
faço isso em sonhos e me dou bem...
um anjo pretinho e lindo me disse que o sorriso tão belo agora não se esconde
mais entre aparelhos, mas se o sorriso já era o mais belo com aparelho,
tenho medo de encontrar com ele de novo - muiiito medo-]
se fui encantado enfeitiçado em 2010 imagina agora no futuro
perigo invadir o sorriso
e de alguma forma ser o primeiro homem a fazer morada dentro do sorriso mais encantador.
-se não sou homem de sorte
o gatinho sim é um gato de sorte-
e eu ....
simplesmente coyote-

quarta-feira, 30 de maio de 2012

vivo de vindas e partidas

meio cansado meio fantasma
sem dinheiro mas rico em amigos e gêneros
querendo esquecer os sons e perseguido por eles
esperando o velho trem
ele ja passou e me vejo sozinho na estação
com frio e triste -como canção de natal na voz do Elvis
meio cansado precisando de mato e não de asfalto
precisando brincar no barro
apedrejar janelas e roubar frutas
my way!



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Fúria e Lentidão

Ou instantes tristes
ei momentos de cinza na alma
e momentos de coração apertado
invoco todos vocês que são sentimentos
os que colocam para cima e os que deixam para baixo total
invoco vocês
não me abandonem
sem sua ajuda a alma morre
sem as dores e sem amores
a alma morre
mas ela não morre
ela vai embora
se na vida ela se sente vazia ela vai embora
e quando volta?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Meu cupido Bêbado

A chuva assistida
trouxe lembranças
e lágrimas escondidas
vieram correndo
só pra refrescar a saudade de você
hei você!
que mora em mim
que deve ser amiga do cupido estúpido
que me acertou sem querer
Ele um anjo bêbado que ao me ver ja disparou
porque viu nos meus olhos que conheço a solidão
e eu displicente não usei meu colete
a prova de flechas feitas pra alma
pra contaminar eu com o seu amor eterno
dentro das possibilidades de santo
ainda posso me enganar me apaixonando
a todo momento, uma espécie de droga
pra esquecer que amo mesmo é você que eu nunca terei...
Da vontade de contar pra mãe
da vontade de gritar ai na sua janela
ficar escondido na praia das flechas
e contratar outro cupido bêbado
pra acertar você com uma flecha igual a que fui atingido
agora jazz era...fui atingido por seu amor