sexta-feira, 5 de julho de 2013

Contos da CuKi! escritos de um Beatnik

A aeronave já estava falhando a alguns minutos
quando caiu senti uma escuridão se aproximando
depois senti que estava flutuando e quando olhei para baixo
vi  todos tripulantes intactus
foi ai que me vi subindo subindo...estava saindo do corpo
tentei voltar e consegui
peguei uma das asas da aeronave e tentei voar, mas não consegui
saímos caminhando e na selva o som era dos animais
e a melodia era do vento
encontramos uma chave que para muitos era a grande saída
para mim apenas uma chave pequena e prateada  no meio do caminho e sem finalidade alguma
vários significados ficaram no ar
um pouco mais de caminhada sofrida e apareceu uma onça
uns saíram correndo outros continuaram sua caminhada
já eu me fiz de morto
e quando abri os olhos vi um mico mas na minha mente confusa
era um chipanzé - o mico era os pequenos problemas que para mim sempre são maiores
a caminhada continuou e me deparei com uma casa no meio do nada
uma única janela e ouvi vozes
la dentro tinha um casal brigando falando alto
pedi licença e perguntei como sairia da selva
mas ninguém percebia minha presença
foi então que comecei a correr e parei de frente para um rio
uma voz do nada me perguntou como eu via o rio
e disse: vejo do outro lado da margem e sei que posso atravessar
alguns tripulantes do avião disseram que estavam com medo e não atravessaram
uns ficaram no mesmo lugar
outros por não acreditarem se afogaram no rio que era raso
depois que atravessei o rio encontrei uma paisagem igual a outra do outro lado
não tinha nada de novo em baixo do sol
somente um grande muro bem alto
e fiquei em baixo dele sem ver nada imaginando como pular o muro
escalei com uma corda, mas quando estava quase conseguindo voltava ao ponto zero
e uma voz me dizia: Ainda é cedo para atravessar o muro
a voz repetiu tanto tanto que comecei a achar que nunca ia ver o que tem do outro lado
e tanto tentar e tanto viver consegui atravessar o muro e olhei la de cima e vi a selva
cada vez menor a selva que nos acolhe e depois nos recebe como corpos sem alma
e vi o muro que separa minha vida da vida verdadeira.

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