domingo, 3 de janeiro de 2016

Quase morto!

Ja morri mas ainda não morri tudo que tenho pra morrer
restam mais algumas jogadas
no momento to sentado apostando não sei porque
a realidade é igual um sonho que tive
estou longe do mar
mas sonho com ondas gigantes me engolindo
me disseram para nunca mentir
so não avisaram que a verdade é desprezada
e que pesadelos são sorrisos amarelados
e os monstros quando sinto medo
chamo meu pai grito por ele

agora ele vem caminhando para o fim
mas ele se sente como um jovem
eu que sou mais jovem ando com medo
de estar no fim e ainda não fiz nada que queria fazer
não posso morrer agora
morrerei infeliz
vida infeliz
musica é a unica maneira que tenho de ser feliz

o ano começou ruim
se soubesse não teria vindo
mas foi bom pra matar uma família dentro de mim
meu pai tentou fazer um clube de fantasias mas o único
que entrou no clube foi eu
somente eu quando cresci continuei carregando a infância tão distante
e o cristo deitado na igreja de primeiro de maio
é o mesmo jesus que ainda carrego na cruz do meu peito

noites são vazias mas necessárias para minha alma
quando eu partir um barco indígena vira me buscar
um índio meu protetor sera meu guia ate o caminho que seguirei
onde aprenderei sobre a vida na terra
e meu índio meu amigo que ja vive do lado de la
vem dizendo que o sonho do rio sujo com um jacaré que aparece a todo momento
é verdade
estou protegido e nada pode machucar os protegidos
Vó Maria! grita ai das galaxias dos infernos dos mundos que vc imaginava
seu neto tem o corpo fechado e
 a alma aberta a todo tipo de vampirismo que os outros sugam

so o tempo pode levar o que tenho de bom
as flores do meu coração
as magoas são galhos secos e ja foram mortas
não olho para cima com medo que um anjo me encare
mas fico louco e olho pra baixo e do risada do capeta

olhar o horizonte é o que resta
imaginar as estrelas me seguindo
o inverno é uma delicia e ainda
vou encher a cara na praça coberta de neves

e o vento o vento vai levar minha alma pra longe



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