canção de despedida

Quase morri ontem
ja morei na loja de esquina sem permissão
meus pés sempre voando
minha imagem é preto e branco
sozinho fico mais inteligente
algum tempo atras eu sempre no fundo do poço, e voltava
me descobri dentro do vicio de tocar um instrumento
eu sou arquiteto de mim mesmo
um coitado vencedor
meus olhos verdes são a esperança do boêmio
pinto um quadro de sangue
ja tenho mais coragem, e menos será que vai dar certo?
passo a vida imaginando aplausos dos inimigos
brigo no rua por causa das minhas manias de não ser escravo
amo todos os dias mulheres diferentes
almoço o que tiver
sonho que estou fugindo de bandidos
e acabo amigo deles
amanheço  na praça
da bandeira do aeroporto na esquina do sufoco
a tempos que  não fico apaixonado
e sonho viver lado a lado
comigo e minha alucinada canção de despedida

"deixa eu viver da minha maneira
escorregar na ladeira
tocar gaita nas cordilheiras
e viver antes de morrer sem ter cantado pra você
uma canção de amor,"