segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A ultima carta

Vou deixar pra você essas linhas
Você pode transforma-las em Choro, samba, rock
ou ate um fado português
a única certeza é que nunca tive alma de burguês.
O fim nada mais é que um começo, e nosso tempo
se foi como agua no ralo do banheiro
Você me amou tanto que chegou a enjoar,
mas de amor ninguém enjoa.
Então esqueci tudo que falei
e penso no blues distorcido que eu vou preparar agora:

de hoje em diante não lembro mais de você
nossos filhos podem crescer longe do pai
porque o pai é mau exemplo
toca blues
bebe cachaça
e quer ser legal! mas não tem graça
A pensão atrasada vou depositar de qualquer lugar da estrada.
Lindinha fiquei sabendo, que no oeste estão querendo ouvir meu blues
Então vou partir
pra soltar meu grito
pra ver se alguém me paga um trago
pra suavizar meu gemido
que tem cura quando da vida eu levo uma surra
Então lindinha !
cuide das crianças e arrume outro marido,
porque eu, estou de partida.
Não volto mais!
Agora vou arrumar minha mochila
pegar minhas gaitas
e meter o pé na estrada.
Adeus lindinha

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